Oferenda

te enxergarei com os olhos da poesia
infinitamente te farei canções

na sede das palavras
beberei tuas noites
e teus dias
num açoite de lucidez
te ofertarei outras razões

guardarei o tempo 
mais bonito que fizer
te dedicarei
quando voltares

terás os ventos
os mares emergindo velas
outras embarcações

içarei as luas os sois
naufragados no céu
da tua aldeia

numa oferenda
terás o farol que clareia
minha alma

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