Com os mistérios
dos meus absurdos
me vejo na órbita do mundo
parado pensando
no movimento das estrelas
que giram
no centro da noite
e cintilam respingos
por fora e por dentro de mim
na inquietude do tempo
me encaro de longe
me escuto por perto
calado fechado
coração aberto de amor
num açoite
acho a lua girando
rondando arredores
dos pernoites
meus sentimentos
atraído me encontro
com astros distraídos
me perco
dos anjos
deuses
monstros
cúmplices de o meu pensar
sobretudo
quando mais quero
e procuro
o revelar mais sincero
no velar
dos meus absurdos
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